Emissões de CO₂ pelo Mundo: Um Olhar Sobre os Maiores Contribuintes

Annual CO2 emissions Data Map

Quem é responsável pela emissão de carbono no mundo?

Estamos soltando 53,85 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa por ano, principalmente na forma de dióxido de carbono (CO₂), e essa contagem só aumenta!

O objetivo? Chegar à neutralidade de carbono, claro! Mas aqui está o dilema:

Todo mundo concorda com a meta, mas na hora de dividir a conta, a confusão começa.

Os países desenvolvidos dizem que estão fazendo sua parte, enquanto as economias emergentes são apontadas como as "vilãs" das emissões.

E os países em desenvolvimento?

Eles defendem que suas emissões são questão de sobrevivência, enquanto as do Ocidente são só um estilo de vida extravagante.


Então, a grande pergunta é:


Quem realmente manda na responsabilidade das mudanças climáticas?


As emissões humanas de gases de efeito estufa aumentaram as temperaturas médias globais

Essa ligação entre as temperaturas globais e as concentrações de gases de efeito estufa – especialmente CO2 – tem sido verdadeira ao longo da história da Terra.

As temperaturas médias subiram mais de 0,8°C desde então.


Quem emite mais CO₂ no mundo hoje?

Em 2022, os humanos emitiram 37,15 bilhões de toneladas de CO₂.


Mais de 50% disso veio da Ásia.

América do Norte e Europa: 18% e 17%, respectivamente.

África, América do Sul e Oceania: juntas, apenas 8%.

Os maiores emissores: 

China: 10 bilhões de toneladas por ano (27% das emissões globais).

EUA: 15%.

União Europeia: 10%.

Esses três blocos juntos são responsáveis por mais da metade das emissões globais de CO₂. Sem eles, não dá para neutralizar o carbono nem prevenir mudanças climáticas severas.

Outros grandes emissores:

Lista dos 10 países que mais emitem carbono

Os 10 principais países juntos respondem por 75% das emissões globais. Mas cuidado: olhar só para os números atuais não mostra a história completa.

A grande diferença?

A narrativa de que o mundo em desenvolvimento é o maior responsável pela mudança climática não se sustenta, se olharmos para os fatos históricos.


Emissões ao longo da história:



EUA
: São os maiores responsáveis por 25% das emissões históricas globais (cerca de 400 bilhões de toneladas), especialmente durante o século 20.

União Europeia: Em segundo lugar, com 22% das emissões globais acumuladas.

China: Cai para o terceiro lugar, com 13%, ou metade do total dos EUA.

Outros contribuintes históricos:


Índia: Contribuiu com apenas 3% das emissões ao longo da história.

África e América do Sul: Também somam 3% juntas.

Reino Unido: Embora emita apenas 1% das emissões anuais hoje, sua responsabilidade histórica sobe para 5%.

Alemanha: Contribui com 2% das emissões anuais hoje, mas seu impacto histórico é quase 6%, equivalente ao de toda África e América do Sul combinadas.


Mas ainda falta algo:

Focar apenas em países mistura emissões totais com números populacionais. Países maiores, claro, têm mais emissões totais, mas e se olharmos para emissões per capita?


Emissões de CO₂ por pessoa:

Cada ser humano emite, em média, 5 toneladas de CO₂ por ano, mas isso varia muito de país para país.


Maiores emissores per capita:

  • Qatar: 49 toneladas por pessoa (2017).
  • Trinidad e Tobago, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Brunei, Bahrein, Arábia Saudita: Todos entre os maiores emissores, devido à dependência de petróleo e gás.
  • Austrália: 17 toneladas por pessoa, mais de 3 vezes a média global.
  • EUA e Canadá: 16 toneladas por pessoa.
  • Alemanha: 10 toneladas por pessoa (o dobro da média global).
  • China: Embora seja o maior emissor em números absolutos, por pessoa emite 7 toneladas (um pouco acima da média global). A grande população da China, mais de 1,4 bilhão, dilui suas emissões per capita.

A relação entre riqueza e emissões:

Historicamente, as emissões de CO₂ estão ligadas a um alto padrão de vida.


Conforme os países enriquecem, o consumo de eletricidade, aquecimento, transporte, tecnologia e outros confortos aumenta, assim como a pegada de carbono. 

A China aumentou muito suas emissões com o maior processo de redução da pobreza já visto.


A metade mais rica do mundo é responsável por 86% das emissões globais. A metade mais pobre emite apenas 14%.


Impacto desigual das mudanças climáticas:

Os países que menos contribuem para o problema serão os mais afetados pelas mudanças climáticas.

O mundo em desenvolvimento enfrentará consequências graves como insegurança alimentar, conflitos por recursos, desastres naturais mais intensos e grandes movimentos de refugiados climáticos.


Por que os países ricos precisam liderar?

Esses países possuem os recursos, uma força de trabalho qualificada e a tecnologia necessária para desenvolver soluções de baixo carbono.

Para que as nações em desenvolvimento evitem a dependência de combustíveis fósseis, é essencial que a tecnologia de baixo carbono se torne acessível. 

Embora os custos das energias renováveis estejam diminuindo, é crucial acelerar essa transição.


O impacto das ações dos países ricos

Quando os países ocidentais tomam a iniciativa de enfrentar a mudança climática, há uma tendência de que outras nações sigam o exemplo.

Um caso notável foi a imposição de padrões de eficiência energética pela União Europeia, que influenciou outros países a adotarem práticas semelhantes.


Mudança climática é um problema global

A mudança climática é uma questão que não pode ser resolvida por um único país. A responsabilidade é complexa e frequentemente causa divisões na política internacional.


A justificativa de que os países desenvolvidos agiram de maneira irresponsável no passado não deve ser um pretexto para repetir esses erros.


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Bibliografia

Baseado nos dados e gráficos de:

Hannah Ritchie, Pablo Rosado and Max Roser (2023) - “CO₂ and Greenhouse Gas Emissions” Published online at OurWorldinData.org. Retrieved from: 'https://ourworldindata.org/co2-and-greenhouse-gas-emissions' [Online Resource]

Baseado no roteiro de: